terça-feira, 6 de abril de 2010

FOTOGRAFIAS HISTÓRICAS

A MENINA NO VIETNÃ

Essa foto foi tirada em 1972, pelo fotógrafo Nic Ut, nascido na Indochina Francesa. Um avião-norte americano bombardeou o vilareiro de Trang Bang, no Vietnã. A menina na foto se chama Pham Thi Kim Phuc. Em meio a guerra, ela e sua familia foram atingidas pelo bombardeio. Suas roupas pegaram fogo e numa tentativa de se salvar ela tirou as roupas e saiu correndo. Foi nesse exato momento que o fotógrafo tira a foto e socorre a menina que permaneceu no hospital durante 14 meses e foi submetida a 17 cirurgias de enxerto na pele. Hoje ela é casado e tem dois filhos e criou a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e embaixadora da UNESCO.

PROTESTO SILENCIOSO

Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído. Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme tradição budista. Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.

O HOMEM DO TANQUE DE TINASQUARE

Também conhecido com o Rebelde Desconhecido, esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa. A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs-se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas foto como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão...

O BEIJO NO TIMES SQUARE

O beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen em Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que fora do comum para aquela época que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se. A fotografia considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, com também a alegria experimentada ao término de uma guerra.

O BEIJO NO HOTEL SQUARE

Esta bela foto, que data de 1950, considerada como a mais vendida da história. Isto devido intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão. Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração, revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia não tinha sido tirada a esmo, senão que se tratava de dois transeuntes que pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma. cópia da foto com agradecimento. 55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.

A MENINA AFEGÃ

Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, uma mulher tradicional, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.

EXECUÇÃO EM SAIGON


"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmera?" - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong. Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

OS PROFISSIONAIS

FRANCO FONTANA
Como muitos grandes fotógrafos, Fontana é autodidata. Usa equipamentos simples. E explica as razões por que considera a zoom tão útil: ''Com ela posso incluir no quadro precisamente a área que desejo. Uma ligeira alteração na distância focal pode fazer toda a diferença do mundo''. Nas mãos do fotógrafo italiano Franco Fontana, as paisagens se transformam em imagens abstratas, formadas pelos jogos de cores, padrões e texturas. Suas fotos são enganadoramente simples, não por ingenuidade, mas devido à elaboração de interpretação fotográfica, resultado de várias anos de experiência com a fotografia.
Até 1976 Franco Fontana era dono de uma próspera loja de móveis em Modena, cidade industrial do norte da Itália. Já tinha a fotografia como passatempo e, aos poucos, foi percebendo que ela o satisfazia mais do que seu trabalho regular. Assim, um belo dia resolveu torna-se fotógrafo em tempo integral, decisão na qual não se arrepende ''O que conta é a qualidade de vida - é importante fazer algo que realmente se gosta''.
Quando Fontana começou a fotografar, sua motivação era a a mesma de muitos principiastes ''Eu me impressionava com tudo à minha volta - pôr-do-sol, reflexos, todas as coisas bonitas da natureza. Mas eu simplesmente reproduzia o que via, sem trabalhar como inventor de meu próprio modo de ver as coisas. Hoje penso criativamente, e minhas fotos são resultados desses pensamentos criativos.
Franco Fontana julga a câmera, para o fotógrafo, é o mesmo que a caneta pata o escritor: o que vale é a imaginação e o pensamento, e não o instrumento usado para a produção da obra. Como qualquer artista, ele emprega a câmera como meio de se exprimir. E julga que é apenas uma questão de tempo, até que a fotografia se torne uma forma de arte universalmente aceita,vencendo os preconceitos e reticências de alguns setores do pensamento estético contra ela.
O fato de que a imagem fotográfica pode ser reproduzida um número ilimitado de vezes ão diminui a importância artística de um trabalho como o de Fontana. Como disse um crítico: ''Nossa mente incorpora milhares de fatos, mas nos processo de reunir informações perdemos muito daquilo que se manifesta para o observador mais atento. Fontana nos dá os elementos essências, que deixamos de notar''.

OBRAS




sábado, 3 de abril de 2010

OS PROFISSIONAIS

TESSA TRAEGER

As fotografias altamente originais de alimentos de Tessa Traeger começaram a aparecer na revista Vogue em 1975, e desde essa época passaram a constituir uma seção fixa da publicação. São encontradas no fim da revista, incongruentemente protegidas das oscilações da moda.
Foi por acaso que Tessa se especializou em comida: ela estava fotografando pratos regionais, como parte de um projeto particular, quando um edito da Vogue viu seu trabalho, e gostou. Após diversas encomendas para fazer uma série sobre comida, junto com a escritora Arabella Boxer. Depois disso, não deixou mais o tema.
Hoje, em meio à desordem de seu estúdio em Chelsea, la combina a determinação de uma artista com a hesitação e o entusiasmo de uma principiante. Suas fotos são leves e inspiradas, e combinam tanto com a sala quanto com a cozinha.
Ela dá preferência à luz natural sobre a artificial, e seu estúdio foi constituído para aproveitar esse aspecto.
Apesar de suas fotos serem tecnicamente perfeitas, não se baseiam na técnica para seus resultados. Como diz Tessa, suas imagens são formadas de ''cor e conteúdo''.
Quando planeja suas fotos, ela não parte nem do fundo nem do primeiro plano: ''Na verdade, baseio-me mais frequentemente nos pratos. Sua forma (alongada ou em concha) determina o alimento que deve receber, se um peixe ou frutos do mar, depois, procuro o fundo que melhor combina com os pratos. E só depois de escolhido o fundo coloco minha comida''.

Segue aqui algumas fotografias de Tessa Traeger







sexta-feira, 2 de abril de 2010

OS GRANDES TEMAS - NATUREZA

NATUREZA - Zoológicos e aves

Muitos dos problemas enfrentados quando se fotografam animais em cativeiros assemelham-se mais aos apresentados pelos animais domésticos do que aos característicos das suas próprias espécies em liberdade.
Além de ser fácil localizá-los, ele não apresentam perigos ao fotógrafo, e em geral, são exemplares saudáveis de sua espécie.
Como acontece com os bichos de estimação, a maioria dos animais enjaulados tornam-se inquietos com a aproximação da hora das refeições, porém acalmam-se logo após delas. O fotógrafo obterá fotos mais interessante se observar a rotina do animal, pois assim terá condições de saber quais devem ser suas expectativas, em diversos momentos do dia. Além disso, é sempre aconselhável consultar os tratadores dos animais, pois eles não só dão conselhos úteis, como também informações sobre as proibições. Jamais se deveria usar um flash, por exemplo, sem permissão.
Os bichos variam não só de tamanho, mas também de comportamento, ambiente, velocidade de movimento e distância da câmera variam do mesmo modo.

O momento decisivo

O segredo de todas as fotografias de animais encontra-se na paciência, pois o fotógrafo não conta com qualquer controle sobre esses modelos. A hora das refeições oferece a
melhor oportunidade possível para um bom instantâneo, pois então a maioria deles tornam-se especialmente ativos.

Fotografando Pássaros

Fotografando de um esconderijo

Os pássaros tornam-se inquietos e vigilantes ao alimentar os filhotes, e, quando se trata de corujas, em esconderijo é praticamente indispensável.

Os trabalhos fotográficos com os pássaros, em comparação com todos os animais existentes, talvez sejam os mais significantes, embora possam também, por outro lado, causar as maiores frustrações. É imensa a variedade dessa espécie: alguns são de cores vivas, outros descoloridos; uns procuram comida à noite, outros de dia. Entretanto, todos têm uma características em comum: são seres de hábitos. Quase sempre pousam perto de seus ninhos, em um mesmo lugar, e, com exceção das aves de rapina, em geral se alimentam, em uma única área. Isso dá a oportunidade do fotógrafo prever os movimentos de um pássaro, e de tirar fotos exatamente no momento certo.
É mais fácil tirar fotografias dos pássaros quando os mesmos encontram-se ocupados com seus ninhos, mas mesmo nessas condições o silêncio e a imobilidade são imprescindíveis. embora isso se aplique a todas as fotos de animais, deve ser ressaltado de modo especial com as aves, pois, uma vez assustadas podem não retornarem as local do ninho.
























Aves durante o vôo

Os pássaros que vivem em liberdade vêem o fotógrafo muito antes de ele se encontrar a uma distância suficiente para fotografá-los. Entretanto, alguns dele, como esta espécie de ganso patola, aproximando-se para pousar, não se deixa perturbar, tornando desnecessária o uso de um esconderijo.



OS GRANDES TEMAS - NATUREZA

NATUREZA - animais de estimação e selvagens

São raras as fotos excelentes de animais: a maioria deles é altamente imprevisível e não pode ser dominada de imediato. A possibilidade de determinar a sua pose correta através de ordens verbais não é muito maior do que com as crianças. O fotógrafo precisa fazer algo para atrair a atenção do animal, a fim de tirar um ''retrato'', mas mesmo depois disso sua expressão ou posição serão mantidas apenas durante breves instantes.
Evidentemente, existe meios de aumentar as chances de bater uma boa fotografia, e um deles consiste em ter um bom conhecimento do aspecto físico, porte, movimentos e hábitos do animal. Um cachorro de focinho comprido sempre apresenta seu ângulo mais favorável quando fotografado de perfil. Um cavalo transpondo uma cerca parece mais bonito ao preparar-se para o salto, ou a sua aparência torna-se desgraciosa ao extremo quando ele chega outra vez ao chão e retoma o passo.
A pelagem também constitui uma consideração importante, pois os pêlos escuros, por exemplo, absorvem uma surpreendente quantidade de luz.
Por fim, existe a possibilidade de arruinar as fotografias de animais quando se permite uma excessiva interferência do sentimentalismo.
As fotos engraçadinhas de gatos com laços no pescoço, em cesto de lã, talvez ajudem a vender caixas de chocolate, porém pouco fazem sentido de evidenciar a personalidade de cada animal.

Fotos de animais de estimação

Como acontece com todos os outros animais, os de estimação apresentam grandes variações, por isso, a fotografia de um gato e a de um cão produziriam resultados monótonos e pouco característicos, caso fossem tiradas exatamente do mesmo modo. Os felinos oferecem boas posses e movimentos ao fotógrafo. Já o interesse de uma foto de um cachorro depende em grande parte de sua expressão facial.

De certo modo, é fácil fotografar animais à solta do que e cativeiros, pois nesse caso não existem grades ou edifícios capazes de desviar a atenção. O problema principal, obviamente, consiste em localizá-los, pois a maioria se esconde, junto com suas crias. Além disso, muitas das espécies são dotadas de olfato apurados e podem detectar a presença de um ser humano muito antes de ele se encontrar a uma distância da qual possa fotografá-las. Os animais menores, como os ratos, permanecem escondidos durante a maior parte do tempo, enquanto outros têm hábitos noturnos, tornando-se quase impossível retratá-los em condições normais.
Alguns animais são agressivos e não permitem qualquer aproximação. Outros (praticamente todos os répteis) são de identificação difícil, pois em geral sua coloração assemelha-se muito à dos locais onde vivem, em liberdade. Entretanto, uma vez localizados, o animal selvagem com frequência oferece ao fotógrafo oportunidade muito mais emocionantes do que as oferecidas pelos cativos

Captando o traço característico

Os animais menos ''selvagens'' habituam-se bastante à presença do homem e não se mostram nem agressivos nem assustados. Muitas vezes é possível andar em torno deles a fim de encontrar um ponto de vista capaz de oferecer a melhor composição ou de acentuar seu traço mais característico

quarta-feira, 31 de março de 2010

OS GRANDES TEMAS - O CÉU

PAISAGEM - O céu


O céu constitui um dos elementos mutáveis de uma paisagem. Enquanto casas, árvores e campos permanecem, em essência, inalterados, o céu é capaz de apresentar mudanças contínuas, introduzindo diferenças radicais nas paisagens.
Por funcionar como um refletor, além de ser parte da fonte de luz, o céu tende a ficar super exposto quando a exposição é calculada para os detalhes do primeiro plano, pois isso reduz seus próprios detalhes.
É sempre compensador fazer exposições de madrugada e na hora do crepúsculo, pois o êxito da foto depende do clima sugerido pelo céu, e com frequência ele parece melhor nesses períodos.


Crepúsculos

A causa mais comum dos decepcionantes resultados obtidos com fotografias de crepúsculos talvez se encontre na superexposição. A exposição necessária ao aparecimento de detalhes e cores vivas em geral proporciona pouco mais que uma silhueta dos objetos situados no primeiro plano.

OS GRANDES TEMAS - PAISAGEM

PAISAGEM - A água


Lagos, rios e mares são elementos importantes nas fotografias de paisagens, porque sua capacidade de reflexão incorpora à imagem uma diversidade enorme de tons e cores. Embora em qualquer uma delas possa existir uma variação de papel desempenhado pela água, sua tendência deverá ser sempre a de chamar a atenção.
As características visuais da água estão subordinadas, em grande parte, a três fatores: o de maior significação é o céu, pois ele lhe confere muito sua coloração - quando o céu está muito azul, o azul do oceano tornasse carregado; sob um céu cinzento, porém, o mesmo mar talvez fique totalmente destituído de cor.


A tonalidade da água será composta de acordo com a cor do céu.

A reflexão apresenta o segundo fator. Além de refletir o céu, a água espelha outros tons e formas existentes ao seu redor, e, de acordo com a intensidade do movimento, ambos são capazes de produzir efeitos bastantes diversificados


Reflexo em águas paradas

A tranquilidade da água deste lago torna sua superfície extremamente refletora.


O terceiro fator consiste no próprio movimento. Quando cintila ao sol, a água desperta a curiosidade. Entretanto, a ausência de ondulação tem a possibilidade de roubar todo seu interesse. Um canal de águas paradas pode mostrar uma reprodução fiel das construções em torno dele, e, em alguns casos casos, é esse efeito desejado. Contudo, um pouco de movimento tem condições de alterar a imagem, tornando-a mais abstrata e sem destruir, com isso, a exata interpretação de tons e cores.

Abstração em água